Eu cheguei de madrugada numa festa do sertão
Todo mundo agarradinho sobre a luz do lampião
Sanfoneira pucha o fole pra dançar o arrasta pé
O terreiro tá bonito, tá lotado de mulher
Fui chagando de mansinho no meio da mulherada
Segurando meu copinho de cerveja bem gelada
Nassa hora um sem vergonha chamado de alemão
Sem querê ele derruba e apaga o lampião
Passa mão, passa pra cá, passa mão, passa pra lá
Todo mundo tá passando eu também quero passar
Passa mão, passa pra cá, passa mão, passa pra lá
O povo todo tá gritando que o bicho vai pegar
No escuro do sertão ninguém mais enxergava nada
Eu cheguei numa mocinha que estava ali sentada
Chamei ela e sai no meio da badalada
Levei ela no escurinho bem pertinho da encruzilhada
Começou o agarra-agarra, começou o passa mão
Eu estava embriagado que não prestei a atenção
Quando vi já era tarde, não tinha mais jeito, não
A mocinha que eu beijava erra sogra do alemão
Passa mal, passa pra lá, passa mal, passa pra lá
Esta velha tá tarada, tá querendo me beijar
Passa mal, passa pra lá, passa mal, passa pra lá
Nunca mais eu vou beber, esse mal eu vou curar
Nunca mais eu vou beber, esse mal eu vou curar
Nunca mais eu vou beber, esse mal eu vou curar